quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Sociedade e sua opinião antecipada



Como professor terei de me adaptar as mudanças impostas por essa nova geração, mas como homem, ainda me sinto um “troglodita” um verdadeiro homem das cavernas, no sentido de aceitar e ter que conviver com certas atitudes das quais vão contra meus princípios, baseado no meio em que fui criado, porém, usarei minha sabedoria para não ofender e nem demonstrar a minha recusa em conforma-se com essa nova realidade de uma sociedade em plena transmutação. Que fique bem claro que não sou homofóbico, mas porém, não sou a favor do casamento gay, como também não sou racista, e vejo o racismo como uma fraqueza do ser humano, e não sou ateu mas porem não acredito em religiões, e, sim, em um só Deus. Enfim, depois desse pequeno resumo da minha vida, irei prosseguir em meu texto, espero que não sofro preconceito por escrever o que penso, pois de tal forma a recíproca não será verdadeira. Apesar do meu sarcasmo quando digo que a reciproca não será verdadeira, o fato é que vivenciamos muito disso, nas salas de aulas, no trabalho, na mídia e principalmente em nosso cotidiano.

“Quando se destrói um velho preconceito, sente-se a necessidade duma nova virtude.”
(Anne Louise Germaine Necker)


O racismo na sociedade racista
Desde de crianças, somos alimentados por uma falsa ideia de que a cor da pele é o que define o que uma pessoa é, ou seja, se é branco é um homem de bem, se é negro é um marginal, não generalizando, mais na maioria das vezes é realmente isso que acontece, por exemplo, existe o lado bom da vida e o lado negro da vida, serviço mal feito é serviço de preto, quando a situação está difícil, a coisa tá preta e assim por diante, existem vários ditados populares onde o negro tem significado de coisa ruim, enquanto o contrário acontece com a cor branca, por exemplo, segunda-feira e dia de branco,  uma frase extremamente preconceituosa e racista, e que vem sido citada desde o início do século passado, seria como dizer que os negros são vagabundos e só os brancos trabalham, o símbolo da paz é uma pomba branca. Tudo isso são fatos que nos tornam reféns de uma geração passada, onde a mudança não é vista com bons olhos, não por todos, diga se de passagem, mas ainda existem muitos remanescentes dessa cultura podre e fétida, da qual só empobrecem o nosso país e entristece nosso passado, somos descendentes de um povo sofrido, um povo guerreiro e que hoje em dia apenas buscam seu espaço, o que é, e sempre foram-lhe de direito.

“O preconceito é um fardo que confunde o passado, ameaça o futuro e torna o presente inacessível.”
(Maya Angelou)

Preconceito contra preconceito
O que mais se fala hoje em dia, e sobre homossexualidade e a homofobia, em relação a esse assunto delicado e polemico, que fogem aos padrões da normalidade, por ser tabu em alguns países, e podendo até levar a morte, em determinadas regiões, por puro preconceito e também por motivos religiosos e culturais.  Tem sido motivo de muitas reportagens ultimamente, famosos e pessoas comuns assumindo sua opção sexual ou no caso a sua homossexualidade, o fato é que a mídia não para de publicar notícias relacionadas a este tema. O que fez aumentar ainda mais o preconceito da população, heterossexuais contra homossexuais e vice e versa, um atacando o outro de forma verbal e física, fazendo uma guerra de ofensas e de violência, gerada por um preconceito através de outro preconceito, onde o direito de ambos não está sendo respeitado pelos os mesmos.  O que os tornam adeptos a nova realidade mundial, onde todos tem direitos mas nem todo direito é direito.

“A ignorância não fica tão distante da verdade quanto o preconceito.”
(Diderot)

Somos todos iguais: Como combater o preconceito nas escolas?

Como futuro educador, meu anseio é não conseguir passar para meus alunos o que realmente gostaria de passar, pelo o simples fato de que não são mais os professores que tomam conta de suas salas de aulas, mais sim, as políticas inventadas para desestimularem os alunos, políticas essas que seremos obrigados a aceitar mesmo fugindo dos nossos princípios, a escola não é capaz de combater o preconceito sozinha, o bullying nas escolas faz com que alunos desistam dos estudos, sendo o principal fator para que isso aconteça, precisamos nos organizarmos para além de instigar o respeito e a tolerância entre os alunos e os seus direitos e deveres, e também poder falar sobre o assunto é uma forma de garantir a permanência e o acesso à educação, ensinando-lhes a respeitarem as diferenças entre eles, contribuindo para uma nova sociedade, onde os valores estão sendo invertidos, e o que é certo já não é tão certo como era antigamente, essa mudança deverá acontecer não somente para os alunos e professores mas para toda área educacional, é a lei da evolução. É possível mudar esse quadro, um educador realmente comprometido com sua profissão tem de se atualizar constantemente, não podemos deixar nossa juventude nutrindo esse tipo de preconceito, assim como o racismo e o preconceito em geral, não podem ser tolerado em casa, nas ruas e muito menos nas escolas.

“É dificílimo erradicar preconceitos dos corações cujos solos nunca foram revolvidos ou fertilizados pela educação: preconceitos crescem ali firmes como erva daninha entre pedras.” (Charlotte Bronté)


                              Conclusão

Tenho a esperança de que dias melhores virão, e que os seres humanos saberão respeitar uns aos outros, independentemente de cor, credo ou opção sexual, o importante e ter a consciência de que somos todos iguais mesmos com nossas diferenças, o verdadeiro sentindo da vida é fazer o bem, a virtude maior está no amor ao próximo, ainda que o mundo esteja longe disso, não podemos desistir de querer um mundo melhor para todos, e a educação será fundamental para esse objetivo, o fator determinante da mudança está em nossas mãos, a luta continua, e para vencermos essa guerra, o medo do desconhecido não poderá nos impedir.

“Ninguém nasce odiando outra pessoa por causa da cor de sua pele, ou seus antepassados, ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender a odiar, e se elas podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar.” 
(Nelson Mandela)
 


Autor: Fagner Soares

2 comentários:

  1. Muito boa a citação da Charlotte Bronté. Com educação e através da "educalização" poderemos dar início às mudanças. O sentimento do ódio (racismo, homofobia, etnofobia, etc.) não vem no DNA do ser humano, ele aprende com exemplos.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É verdade Reginato, o ser humano não nasce preconceitoso ele é corrompido com o passar do tempo, através do que é passado à ele. O preconceito é uma criação doentia humana, que infelizmente, talvez não tenha cura

      Excluir