Como
professor terei de me adaptar as mudanças impostas por essa nova geração, mas
como homem, ainda me sinto um “troglodita” um verdadeiro homem das cavernas, no
sentido de aceitar e ter que conviver com certas atitudes das quais vão contra
meus princípios, baseado no meio em que fui criado, porém, usarei minha
sabedoria para não ofender e nem demonstrar a minha recusa em conforma-se com essa
nova realidade de uma sociedade em plena transmutação. Que fique bem claro que
não sou homofóbico, mas porém, não sou a favor do casamento gay, como também
não sou racista, e vejo o racismo como uma fraqueza do ser humano, e não sou
ateu mas porem não acredito em religiões, e, sim, em um só Deus. Enfim, depois
desse pequeno resumo da minha vida, irei prosseguir em meu texto, espero que
não sofro preconceito por escrever o que penso, pois de tal forma a recíproca
não será verdadeira. Apesar do meu sarcasmo quando digo que a reciproca não
será verdadeira, o fato é que vivenciamos muito disso, nas salas de aulas, no
trabalho, na mídia e principalmente em nosso cotidiano.
“Quando
se destrói um velho preconceito, sente-se a necessidade duma nova virtude.”
(Anne
Louise Germaine Necker)
O racismo na sociedade
racista
Desde
de crianças, somos alimentados por uma falsa ideia de que a cor da pele é o que
define o que uma pessoa é, ou seja, se é branco é um homem de bem, se é negro é
um marginal, não generalizando, mais na maioria das vezes é realmente isso que
acontece, por exemplo, existe o lado bom da vida e o lado negro da vida, serviço mal feito é serviço de preto, quando a situação está difícil, a coisa tá preta e assim por diante, existem
vários ditados populares onde o negro tem significado de coisa ruim, enquanto o
contrário acontece com a cor branca, por exemplo, segunda-feira e dia de branco, uma frase extremamente preconceituosa e
racista, e que vem sido citada desde o início do século passado, seria como
dizer que os negros são vagabundos e só os brancos trabalham, o símbolo da paz é uma pomba branca. Tudo isso são fatos que nos tornam reféns de uma geração passada, onde
a mudança não é vista com bons olhos, não por todos, diga se de passagem, mas
ainda existem muitos remanescentes dessa cultura podre e fétida, da qual só
empobrecem o nosso país e entristece nosso passado, somos descendentes de um
povo sofrido, um povo guerreiro e que hoje em dia apenas buscam seu espaço, o
que é, e sempre foram-lhe de direito.
“O
preconceito é um fardo que confunde o passado, ameaça o futuro e torna o
presente inacessível.”
(Maya
Angelou)
Preconceito contra
preconceito
O
que mais se fala hoje em dia, e sobre homossexualidade e a homofobia, em
relação a esse assunto delicado e polemico, que fogem aos padrões da normalidade,
por ser tabu em alguns países, e podendo até levar a morte, em determinadas
regiões, por puro preconceito e também por motivos religiosos e culturais. Tem sido motivo de muitas reportagens
ultimamente, famosos e pessoas comuns assumindo sua opção sexual ou no caso a
sua homossexualidade, o fato é que a mídia não para de publicar notícias
relacionadas a este tema. O que fez aumentar ainda mais o preconceito da população,
heterossexuais contra homossexuais e vice e versa, um atacando o outro de forma
verbal e física, fazendo uma guerra de ofensas e de violência, gerada por um
preconceito através de outro preconceito, onde o direito de ambos não está
sendo respeitado pelos os mesmos. O que
os tornam adeptos a nova realidade mundial, onde todos tem direitos mas nem
todo direito é direito.
“A
ignorância não fica tão distante da verdade quanto o preconceito.”
(Diderot)
Somos todos iguais:
Como combater o preconceito nas escolas?
Como
futuro educador, meu anseio é não conseguir passar para meus alunos o que
realmente gostaria de passar, pelo o simples fato de que não são mais os
professores que tomam conta de suas salas de aulas, mais sim, as políticas
inventadas para desestimularem os alunos, políticas essas que seremos obrigados
a aceitar mesmo fugindo dos nossos princípios, a escola não é capaz de combater
o preconceito sozinha, o bullying nas escolas faz com que alunos desistam dos
estudos, sendo o principal fator para que isso aconteça, precisamos nos
organizarmos para além de instigar o respeito e a tolerância entre os alunos e os
seus direitos e deveres, e também poder falar sobre o assunto é uma forma de
garantir a permanência e o acesso à educação, ensinando-lhes a respeitarem as
diferenças entre eles, contribuindo para uma nova sociedade, onde os valores
estão sendo invertidos, e o que é certo já não é tão certo como era
antigamente, essa mudança deverá acontecer não somente para os alunos e
professores mas para toda área educacional, é a lei da evolução. É possível
mudar esse quadro, um educador realmente comprometido com sua profissão tem de
se atualizar constantemente, não podemos deixar nossa juventude nutrindo esse
tipo de preconceito, assim como o racismo e o preconceito em geral, não podem
ser tolerado em casa, nas ruas e muito menos nas escolas.
“É
dificílimo erradicar preconceitos dos corações cujos solos nunca foram
revolvidos ou fertilizados pela educação: preconceitos crescem ali firmes como
erva daninha entre pedras.” (Charlotte Bronté)
Conclusão
Tenho
a esperança de que dias melhores virão, e que os seres humanos saberão
respeitar uns aos outros, independentemente de cor, credo ou opção sexual, o
importante e ter a consciência de que somos todos iguais mesmos com nossas
diferenças, o verdadeiro sentindo da vida é fazer o bem, a virtude maior está
no amor ao próximo, ainda que o mundo esteja longe disso, não podemos desistir
de querer um mundo melhor para todos, e a educação será fundamental para esse
objetivo, o fator determinante da mudança está em nossas mãos, a luta continua,
e para vencermos essa guerra, o medo do desconhecido não poderá nos impedir.
“Ninguém nasce odiando outra pessoa por causa da cor
de sua pele, ou seus antepassados, ou sua religião. Para odiar, as pessoas
precisam aprender a odiar, e se elas podem aprender a odiar, elas podem ser
ensinadas a amar.”
(Nelson Mandela)
Autor: Fagner Soares